A hora e a vez dos mutantes
Sim, por que é esta a principal competência que as empresas estão exigindo dos profissionais, certo?
Se buscarmos no dicionário de sinônimos (sinonimos.com.br), o termo mutante pode ser substituído por variável, oscilante, mutável, variante, versátil, cambiante, móvel…
Então sim!
O que as empresas buscam para seu quadro de profissionais é contratar MUTANTES.
Aqueles superpoderes, seriam acessórios. Ok se vierem no pacote! Com certeza se saberá onde e quando usá-los!
Mas mudar, estar em busca constante de aprendizado, passa mesmo a ser uma peculiaridade essencial para se diferenciar enquanto profissional e prestador de serviços.
Segundo um estudo citado por Kelly Palmer & David Blake (2019), “…62% dos executivos acreditam que terão que retreinar ou substituir mais de um quarto de sua força de trabalho entre agora e 2023 devido ao avanço da automação e da digitalização.”
Até bem pouco tempo atrás, as empresas podiam viver cadenciadamente uma mudança de cada vez. Porém, com o big data, a velocidade desenfreada passa a ser o ritmo da vez e, em lugar de se aprender com os novos hábitos, passamos a aprender sobre eles.
Algo extremamente positivo que esta velocidade e o acesso à informação nos trazem é que podemos, estando no Vale do Silício ou numa cidade do interior, desde que abertos ao novo e com uma internet bacana, aprender todos os dias! E nos aperfeiçoar, e buscar mais, e… fazer mais e melhor do que muita empresa “da capital”.
No entanto, os estudiosos dos temas gerações e comportamentos nos apresentam dados alarmantes: os novos graduados apresentam despreparo para serem bem-sucedidos em suas funções ou mesmo para perceberem a realidade do trabalho e do mercado. As pesquisas citam pessoas com graduação em marketing que não dão conta de criar um plano de vendas ou usar ferramentas e métricas de mídia social; profissionais com MBA inaptos para ler relatórios e demonstrativos financeiros. Para além deles, ainda constataram que independente da área de formação, graduados apresentam dificuldades de se comunicar, pessoalmente ou por escrito.
O desenvolvimento contínuo é a bola da vez!
É o principal fator que impulsiona a vitalidade das empresas, e as organizações que estimulam seu quadro a se adaptar para a mudança estão ganhando o jogo.
Durante outros períodos em que ocorreram transições de mão de obra, as empresas tiveram tempo para se adaptar às mudanças, mas isso é passado. Há empresas que ainda estão ponderando como o trabalho está mudando, mas a disrupção digital vem avançando há várias décadas e não é mais algo que veremos no futuro, já está acontecendo.
Com isso, a expertise nunca foi tão crucial para o sucesso de uma pessoa ou empresa como hoje!
E preencher as lacunas de habilidades (skills), adquirindo aprendizado, é urgentíssimo! E uma responsabilidade que deve ser compartilhada por profissionais e empresas.
Mais um detalhe: o prolongamento do tempo de vida, torna necessário reorganização: não cabe mais pensar que, em algum momento, se pode parar. Com isso, segundo estudiosos, as pessoas que dedicarem menos do que 5 a 10 horas por semana à aprendizagem, ficarão obsoletas em relação à tecnologia.
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Dica:
MUTANTES PRECISAM DORMIR!
Para os adultos, o sono tem grande impacto na aprendizagem. Dormir ativa a percepção e permite “fixar” a nova informação.
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Referências:
COUTINHO, André; PENHA, Anderson. Design estratégico: direções criativas para um mundo em transformação. Rio de Janeiro: Altas Books, 2017.
PALMER, Kelly; BLAKE, David. Expertise competitiva: Como as empresas mais inteligentes usam o aprendizado para engajar, competir e ter sucesso. Rio de Janeiro: Alta Books, 2019.